quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PhotoImage Brazil 2009

De 11 a 13 de agosto aconteceu a 17ª Feira PhotoImage Brazil 2009, voltada para o setor de imagem, fotografia e impressão fotográfica. A interD esteve no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo para conferir as novidades e lançamentos da área.

Um dos destaques da feira foi a importância dada ao foto livro como produto da área fotográfica. A crescente diminuição de procura por serviços de impressão fotográfica por parte do público em geral, fruto da popularização das cameras digitais, fez o mercado fotográfico procurar a oferta de alternativas para motivar as pessoas a imprimir suas imagens novamente. Várias eram as opções em tecnologia de impressão, acabamento e montagem de foto livros. Dentre as tecnologias de impressão se destacam a laser digital com qualidade offset, a jato de tinta fine art e a tecnologia térmica. Cada uma dessas tecnologias tem seus prós e contras sendo que as grandes empresas como a Fuji e a Kodak estão direcionando seus esforços para a tecnologia ink jet, através dos chamados "dry minilabs". Na InterD além da tradicional impressão laser digital já é utilizada a tecnologia ink jet na produção de foto livros com impressão frente e verso, uma escolha que tem se mostrado muito viável, com grande aceitação pelo público. Essa tecnologia tem a vantagem da grande durabilidade obtida através de pigmentos tradicionais. Um foto livro impresso com os devidos cuidados pode durar gerações.

Quanto ao acabamento muitas empresas apresentaram fotolivros tradicionais no segmento luxo, para casamentos e festas, bem como as brochuras e foto revistas. Vale destacar os equipamentos para colagem instantânea de capas que possibilitam a produção rápida de pequenos volumes de foto livros. No entanto o acabamento neste sistema pode ficar um pouco aquém do que o consumidor consideraria aceitável e o preço ainda é alto. A rapidez proporcionada pelas capas de colagem térmica não parece ser o suficiente para justificar seu custo.

Ao contrário do ano anterior o seguimento de impressão fine art não teve muito destaque. Poucas máquinas novas foram apresentadas e poucas empresas trouxeram mídias para este mercado. Ficou claro que o consumidor e o público profissional brasileiro ainda tem dificuldades em entender o conceito da impressão fine art. Apesar da relativa popularização da idéia de fotografia como obra de arte e investimento no Brasil, não existe um mercado que dê suporte aos altos custos inerentes a este tipo de impressão no país. Ainda assim a InterD continua trabalhando no intuito de divulgar a área de fine art oferecendo serviços de qualidade a preços competitivos.

O lançamento de equipamentos fotográficos teve como destaque o aperfeiçoamento das Digitais Reflex já disponíveis no mercado, com o aprimoramento dos sensores e softwares de controle, e a tendência de uso de um design retrô na produção de cameras compactas. Algumas dessas cameras chegam ao requinte de apresentar visores analógicos de contagem de "fotogramas" e o uso de materiais e cores que lembram o design dos equipamentos fotográficos dos anos de 1950 a 1960. Estas cameras, criadas para atrair o consumidor ligado ao movimento lomográfico (veja matéria abaixo), tem o charme do passado e a alta tecnologia do presente.

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As possibilidades da Lomografia Digital

A lomografia é uma corrente mantida por entusiastas da fotografia convencional obtida com equipamentos mecânicos simples como os da linha Lomo, cameras fabricadas inicialmente no leste europeu. Atualmente o universo da lomografia se expandiu muito. "No meu caso" diz Ricardo Hage "como não tenho paciência com o processo químico utilizo um software no iPhone que aplica efeitos muito parecidos aos obtidos por cameras lomo nas imagens do próprio celular". O artista mantém um diário móvel com suas "lomografias digitais" fotografando, tratando e enviando as imagens para a internet através do próprio iPhone. (veja em www.ricardohage.com).

Veja abaixo alguns exemplos de imagens digitais já tratadas como se fossem obtidas em cameras convencionais:








O artista inicia agora a fase de impressão de suas imagens utilizando os serviços de Fine Art da InterD. Num primeiro momento os testes serão feitos em papéis artísticos (linha Hahnemhulle e Canson), fotográficos (HP) e canvas (Hahnemhulle).
Apesar da baixa resolução inicial das fotografias obtidas com o iPhone (2Mpx) este tipo de imagem pode ser impresso em dimensões maiores através de alguns cuidados específicos. O aumento das dimensões por interpolação utilizando softwares como o Adobe Photoshop pode até mesmo adicionar alguma qualidade dependendo das características da imagem.
Ricardo Hage pretende em breve apresentar os resultados de sua pesquisa.

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E como andam os banners: a impressão com tintas base solvente

Apesar da recente implementação da Lei Cidade Limpa na cidade de São Paulo o mercado de impressão a base de solvente continua muito forte. A queda da demanda pela impressão de outdoors e material externo de sinalização em São Paulo foi compensada pela manutenção dos mercados no resto do país e por novas alternativas para o uso deste tipo de impressão.

Os plotters à base de solvente tem como característica a produção de imagens com qualidade fotográfica razoável, mas que não se equipara as impressões feitas por plotters fine art. Seu foco está na produção de imagens de baixo custo, impressão em grandes quantidades com boa durabilidade quando expostas a intempéries. A durabilidade de cor (lightfastness) é pequena: tintas solventes convencionais podem garantir a manutenção de cor por cerca de três anos enquanto as tintas ecosolventes podem durar cerca de seis meses. Quando a impressão é feita em mídias de maior qualidade esta durabilidade pode se estender um pouco mais. Apesar da aparente fragilidade desta tecnologia a impressão com tinta à base de solvente está perfeitamente adaptada ao mercado para a qual está voltada. Sua maior utilização está na produção de banners promocionais, material para ponto de venda, adesivos para sinalização, adesivos decorativos e material para outdoors, produtos muitas vezes pensados para serem descartados tão logo eventos e campanhas de marketing terminem.

Do ponto de vista da idéia de sustentabilidade ambiental o calcanhar de Aquiles da tecnologia fica claro: como descartar ou reciclar banners usados e as sobras das tintas?

"Na InterD estamos iniciando um programa de testes para a utilização de material reciclado na impressão à base de solvente", diz o gerente de vendas Luis Perez. Segundo ele o primeiro produto a ser utilizado será a impressão em lonas produzidas com a reciclagem de garrafas PET. Num segundo momento estão nos planos da empresa a reciclagem de lonas convencionais já impressas.

O cuidado com o meio ambiente e o uso responsável deste tipo de impressão pode fazer com que venhamos a nos servir dela por muitos anos ainda.

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