segunda-feira, 30 de novembro de 2009

É possível fazer um cartão de visita em 1 hora?

Atualmente é muito comum que clientes de serviços gráficos exijam um tempo muito pequeno para a execução de seus pedidos. O mundo tem vivido uma aceleração do ritmo de vida e a tecnologia vende a idéia de que tudo pode ser instantâneo.


No entanto a tecnologia de serviços gráficos ainda não consegue acompanhar esse novo ritmo de vida. Muitos processos de impressão são demorados, necessitam de cuidados especiais, pessoal especializado e altos custos. A qualidade do material gráfico está muitas vezes ligada a um cuidado quase artesanal em sua execução.


O caso dos cartões de visita é exemplar. O tempo de produção para cartões de visita de qualidade pode chegar a uma semana ou mais, principalmente quando há o uso de facas especiais, materiais diferenciados e outros tipos de tecnologia de impressão.


O mercado tem oferecido algumas soluções mais rápidas tentando resolver essa situação. Vejamos seus prós e seus contras:


Cartões de visita em 24 horas: normalmente produzido em tecnologia offset. Algumas gráficas maiores, que tem um alto fluxo de trabalho, oferecem este tipo de serviço através de sistemas on-line, no entanto uma boa parte dessas empresas só trabalha para parceiros distribuidores. É através deles que o cliente final deve contratar o serviço.


Normalmente não há a possibilidade da impressão de provas nem garantia de correspondência de cor. O arquivos devem ser enviados em formatos restritos, fechados e com pouca flexibilidade de erros.


Cartões de visita em 1 hora: a maior parte da oferta desses serviços é feita por copiadoras e pequenas empresas. Utilizam impressão jato de tinta muitas vezes sobre papel pré picotado. Os papéis disponíveis são poucos, normalmente vergê texturado ou opaline. A impressão pode ser de boa qualidade, mas não apresenta brilho ou textura de tinta.


Outro sistema foi desenvolvido por Ricardo Matos para a InterD Comunicaçào Visual, onde a impressão é feita em papéis tradicionais como o Couchet ou o Opaline com impressão digital siliconada, o que permite um leve acabamento brilho. Com refile profissional o produto fica disponível em 1 hora desde que enviado conforme normas padrão da empresa e arquivo enviado pelo site da InterD.


Segundo Ricardo Matos o sistema Cartão de Visita 1 Hora Inter D tem funcionado muito bem apesar de só aceitar arquivos CoreDraw, o que restringe um pouco as possibilidades de atendimento. No caso de arquivos de outros tipos ainda é utilizado os sistemas convencionais, mais demorados, mas com custo menor.


A tendência da área gráfica em relação aos cartões de visita é a mesma da área gráfica em geral, ou seja, sua substituição por meios digitais a médio prazo.



terça-feira, 24 de novembro de 2009

InterD imprime Banner da Embaixadora Pop do Japão

Misako Aoki, Embaixadora Pop do Japão, visita o Brasil.
A InterD teve o prazer de imprimir os banners promocionais utilizados em sua visita.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O melhor software gráfico é você!

por Ricardo Matos

Profissionais da área de Design e Comunicação Visual tendem a utilizar somente os aplicativos da Adobe System, caso do famoso Photoshop e do Illustrator, além do InDesign. Estes softwares são excelentes e produzem arquivos que poucas vezes vão dar algum problema na gráfica ou no bureau de impressão. No entanto são programas de alto custo, que necessitam de um aprendizado especializado. Indicar o uso desses softwares para um cliente leigo pode ser uma verdadeira maldade.
Pensando nisso podemos fazer algumas indicações pensando nesse cliente:

Em primeiro lugar vamos falar um pouco sobre os softwares que não devemos utilizar...

Microsoft Word: Este software foi produzido como um editor de textos, portanto não é indicado para a produção de nenhuma arte que não seja feita para ser colocada em formato livro. Algumas pessoas utilizam o Word para manipular imagens digitais, importando-as para um documento aberto e aplicando alguns efeitos simples disponíveis no programa. O problema é que essas imagens não podem ser extraídas facilmente do arquivo texto além de não serem escaláveis com qualidade. Utilize o Word apenas para escrever, ponto!

Microsoft PowerPoint: É muito difícil explicar para um leigo porquê não devemos utlizar o PowerPoint para fazer layouts de banners, cartões de visita e coisas do gênero. É muito comum que clientes queiram que suas apresentações em PowerPoint, feitas para a tela de um computador ou projetor, sejam impressas em grandes formatos, como num poster ou banner. A questão é que o arquivo PPS, nativo do PowerPoint, não pode ser usado pelos softwares de impressão em grande formato (RIPs) e só pode ser exportado para bitmaps (jpg) em resolução de tela (72dpis) o que impossibilita a ampliação com qualidade. Estou desenvolvendo para a InterD um sistema para a utilização automática de arquivos PowerPoint na impressão em grandes formatos (banners e cartazes), mas ainda estamos em experiência.

Em segundo lugar vamos falar de softwares simples que podemos utilizar:

Just Banners: um programa shareware simples que permite criar banners para web ou estáticos, para impressão. Permite a criação de imagens em grandes formatos. Somente para Windows.

Easy Desktop Publisher: permite criar vários tipos de material gráfico utilizando assistentes e imagens prontas. Também faz conversões de arquivos populares, tais como DOC para JPG. Shareware para Windows.

Posters: programa antigo, mas ainda funcional. Utiliza modelos para fazer imagens de grande formato para impressão. Os modelos são de um certo mal gosto, no entanto se utilizado com cuidado pode produzir material aceitável. Para WIndows.

iWork: suíte de aplicativos que a Apple desenvolveu como uma versão mais “chique” do Microsoft Office. É composta por três programas, o Pages (editor de texto), o Keynote (apresentações do tipo PowerPoint) e o Numbers (planilha). Todos os programas exportam seus arquivos nativamente para PDF o que já permite uma ampliação mais segura das imagens. O Pages tem um assistente interno para a criação de posters, com poucos templates mas com design sofisticado. Só roda em Mac.

Swift Publisher: programa de desktop publishing para leigos, com toneladas de templates, imagens, clipes e modelos prontos. Produz arquivos em PDF e outros formatos sem problemas e é bastante intuítivo. Shareware para Mac.


Em terceiro lugar programas profissionais:

Aplicativos Adobe: como já foi dito, são o “desejo de consumo” de todo designer. Talvez devido ao alto custo e da política de divulgação da Adobe Systems, que patrocina seu produto no meio universitário, é muito conhecido e aceito pelos profissionais da área de criação. Na área de produção gráfica, principalmente nas empresas voltadas para produção de massa, não são tão utilizados por motivos econômicos. Não são softwares de fácil aprendizado, podem se tornar uma dor de cabeça a mais na mão do leigo ou marinheiro de primeira viagem. Deixe para ser utilizado pelo designer ou pela sua agência de publicidade.

CorelDraw: o software da canandense Corel é muito conhecido no Brasil e no mundo, devido principalmente ao seu (relativo) baixo custo. Apesar de sua grande aceitação e utilização na área de criação e produção gráfica é um software com alguns problemas de desenvolvimento. Os “bugs” (erros de software) do CorelDraw são bem conhecidos, inclusive aquele que faz com que um PDF exportado seja impresso com algumas imagens invertidas, mesmo que apareça de maneira correta na tela do computador. A única solução para esse defeito permanece sendo a transformação do PDF em um arquivo bitmap, como o JPG. Outro problema é a produção de enormes distorções de cor caso a correção automática do CorelDraw seja utilizada. Por incrível que pareça é melhor deixarmos a correção desativada para diminuir os problemas. No geral o CorelDraw é um software muito versátil e o único de sua categoria que permite a edição de multiplas páginas, como se estivéssemos trabalhando em um caderno ou livro.


Em quarto lugar...
Fique calmo, softwares gráficos são assim, cheios de truques, manhas e comandos escondidos. E não se esqueça, sem uma pessoa no comando o software não faz nada.
O melhor software gráfico ainda é você!

Publicado no NewsLetter InterD novembro de 2009 - receba por email também, clique aqui