sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Serigrafia Sign 2009

Aconteceu no final de julho a Feira Serigrafia Sign 2009. A inter D esteve no pavilhão da Expo Center Norte em São Paulo para conferir as novidades e lançamentos da área de impressão em grandes formatos, materiais para a gravação de mídias diferenciadas e produção de brindes.
Na feira, várias empresas apresentaram soluções já conhecidas para a impressão digital em solvente voltadas para grandes formatos. Ficou claro que a impressão digital sobre vinil já alcançou uma boa qualidade de impressão, reproduzindo fotografias e material publicitário perfeitamente. A Ampla Digital, empresa nacional sediada em Curitiba, apresentou suas máquinas para solvente que utilizam cabeças de impressão Xaar ou Konica Minolta, dependendo da configuração. Como diferencial apresentam custo de produção reduzido, uso de tinta de alta durabilidade e possibilidade de financiamento pelo cartão BNDES.
No entanto, a impressão em plotters de solvente ainda não é o tipo de reprodução indicada para material fine art, tal como impressões fotográficas de arquivamento bem como reproduções artísticas do tipo giclée. Segundo Ricardo Matos, diretor da Inter D, o problema ainda se dá em relação à reprodução de cores, tipo de superfícies utilizadas e principalmente, formulação das tintas, que não podem concorrer nesses quesitos com as atuais tintas pigmentadas utilizadas nas impressões voltadas ao mercado fine art. Segundo Ricardo "é possível que, num futuro próximo, o desenvolvimento de novos e variados suportes e o barateamento das máquinas de grande formato ink jet fine art acabem por deixar a impressão por solvente restrita a nichos de mercado muito específicos, como o da impressão em lonas submergíveis ou o de tecidos. Mesmo assim já existem tintas pigmentadas que em determinados suportes se tornam à prova d'água. O problema ainda é o custo."
No caso da reprodução de fotos a tecnologia ink jet já começa a substituir a ampliação química presente nos equipamentos do tipo mini lab. A Fuji apresentou timidamente o Dry mini Lab 410, equipamento que imprime fotos 10x15cm em 8 segundos a custo muito baixo. A qualidade da reprodução é muito boa e a durabilidade estimada é superior a duzentos anos, o que insere a máquina no campo fine art. A máquina deverá ser promovida com mais ênfase na próxima Photo Image Brazil no mês de agosto. A Inter D estará lá para conferir.

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Impressão laser colorida e seus problemas

Apesar das inúmeras tecnologias para impressão em cores já existentes podemos dizer que ainda existe muita desinformação nessa área. No caso da impressão a laser colorida o mercado nacional conta em sua maior parte com tecnologias de impressão opacas e em alguns casos com a impressão com cobertura de verniz de silicone. Esse tipo de impressão simula em alguns casos o efeito causado pela aplicação de verniz usado nas impressões offset. A impressão a laser é muito suscetível as variações de umidade, calor e gramatura do papel. A utilização de funções como duplex automático (impressão frente e verso) agrava ainda mais essas suscetibilidade, sendo comum o atolamento de papéis no mecanismo impressor ou o surgimento de áreas borradas por toner. Esses problemas são de fácil eliminação com a escolha adequada do papel utilizado, controle de temperatura e umidade do material e da área de trabalho além de correta manutenção do equipamento. A correspondência de cor nas impressões também é um problema muitas vezes incontornável. Poucos são os equipamentos que são certificados para utilizar sistemas de controle de cor como o da Pantone. "Em nosso caso", diz Luis Perez, gerente de vendas da Inter D Comunicação Visual, "utilizamos a tecnologia Xanté para toner certificado e Canon no caso da necessidade de verniz, como ocorre na impressão de alguns cartões de visita". Segundo ele essas duas opções, aliadas ao uso de um sistema de calibração X-Rite i1 têm resolvido a maior parte dos problemas em relação à reprodução de cor na empresa, desde que o cliente também tenha produzido arquivos digitais com controle adequado. "Quando o cliente utiliza um monitor comum para a produção do material é impossível saber qual será o resultado da impressão"diz ele.
O custo de uma impressão laser também deve ser um elemento a ser levado em conta quando da contratação de um trabalho de impressão. Muitas empresas oferecem preços muito baixos para impressão laser colorida pois utilizam equipamentos antigos e toner de procedência muitas vezes duvidosa. Existem toners alternativos de boa qualidade, mas devem ser certificados dentro da empresa com testes para que não surjam, depois, dúvidas quanto à qualidade de impressão.

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Reprodução fine art e o dilema do papel

Qual o melhor papel para reproduções artísticas fine art? A pergunta é feita por muitos fotógrafos, artistas plásticos e designers quando o que está em conta é a reprodução de seus trabalhos.

Podemos dizer que cada tipo de trabalho exige um suporte (mídia) diferente.

No caso das fotografias autorais que demandam alto nível de reprodução de cor, tons de cinza ou durabilidade, o ideal é utilizar materiais específicos como os "photo papers" produzidos por empresas voltadas ao setor (Kodak, HP, Fuji) ou os papéis próprios para fotografia produzidos por fabricantes de papéis artísticos como a Hahnemühle ou a Canson. A impressão deve ser feita prioritariamente em tecnologia ink jet utilizando tintas pigmentadas, ou seja, produzidas com pigmentos conhecidos pela sua durabilidade e confiabilidade. Para esse fim os papéis especiais são importantes, pois são certificados pelas empresas que fabricam as impressoras com essa tecnologia. O impressor tem a garantia de saber de antemão como o papel se comportará.

Já o caso da reprodução de obras de arte (giclée) ou da impressão de arte digital (criada pelo artista diretamente no computador) as soluções podem ser mais abrangentes. É possível, dependendo do equipamento utilizado, imprimir sobre papéis não produzidos especificamente para impressão digital. No entanto, as empresas de papel artístico têm disponibilizado versões digitais de seus papéis convencionais, caso da Hahnemühle e da Canson.

A Canson, por sinal, acaba de lançar sua linha Infinity de papéis digitais. Dentre a extensa linha de produtos chamam atenção os papéis Edition Etching Rag de 310g, voltado para a reprodução de desenhos e gravura, e o BKF Rives 310g voltado para fine art e fotografia. Esses papéis não contam com branqueadores óticos o que aumenta sua durabilidade e diminui o risco de interferência de agentes químicos com a cor impressa.

Do ponto de vista da relação custo benefício o clássico papel Mi-teintes é apresentado agora em sua versão para impressão digital em 170g, propiciando a artistas e fotógrafos um suporte de menor preço que mesmo assim mantém as qualidades necessárias de durabilidade e manutenção de cor.

É importante que o artista ou fotógrafo seja bem assessorado nessa busca pois as possibilidades são muitas e só um especialista em reprodução fine art pode dar a melhor orientação a respeito.


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