Qual o melhor papel para reproduções artísticas fine art? A pergunta é feita por muitos fotógrafos, artistas plásticos e designers quando o que está em conta é a reprodução de seus trabalhos.
Podemos dizer que cada tipo de trabalho exige um suporte (mídia) diferente.
No caso das fotografias autorais que demandam alto nível de reprodução de cor, tons de cinza ou durabilidade, o ideal é utilizar materiais específicos como os "photo papers" produzidos por empresas voltadas ao setor (Kodak, HP, Fuji) ou os papéis próprios para fotografia produzidos por fabricantes de papéis artísticos como a Hahnemühle ou a Canson. A impressão deve ser feita prioritariamente em tecnologia ink jet utilizando tintas pigmentadas, ou seja, produzidas com pigmentos conhecidos pela sua durabilidade e confiabilidade. Para esse fim os papéis especiais são importantes, pois são certificados pelas empresas que fabricam as impressoras com essa tecnologia. O impressor tem a garantia de saber de antemão como o papel se comportará.
Já o caso da reprodução de obras de arte (giclée) ou da impressão de arte digital (criada pelo artista diretamente no computador) as soluções podem ser mais abrangentes. É possível, dependendo do equipamento utilizado, imprimir sobre papéis não produzidos especificamente para impressão digital. No entanto, as empresas de papel artístico têm disponibilizado versões digitais de seus papéis convencionais, caso da Hahnemühle e da Canson.
A Canson, por sinal, acaba de lançar sua linha Infinity de papéis digitais. Dentre a extensa linha de produtos chamam atenção os papéis Edition Etching Rag de 310g, voltado para a reprodução de desenhos e gravura, e o BKF Rives 310g voltado para fine art e fotografia. Esses papéis não contam com branqueadores óticos o que aumenta sua durabilidade e diminui o risco de interferência de agentes químicos com a cor impressa.
Do ponto de vista da relação custo benefício o clássico papel Mi-teintes é apresentado agora em sua versão para impressão digital em 170g, propiciando a artistas e fotógrafos um suporte de menor preço que mesmo assim mantém as qualidades necessárias de durabilidade e manutenção de cor.
É importante que o artista ou fotógrafo seja bem assessorado nessa busca pois as possibilidades são muitas e só um especialista em reprodução fine art pode dar a melhor orientação a respeito.
Publicado no NewsLetter InterD agosto de 2009 - Receba poe email também, clique aqui
4 comentários:
Achei este texto interessantíssimo e vou ler com atenção. Realmente para a comercialização precisamos de um papel que tenha qualidade. Normalmente em minhas impressões caseiras, tanto como jato de tinta ou a laser tenho problemas, pois a tinta borra, mesmo depois de seca o que não acontece com a offset, porém a ultima impressão esta fora de cogitação logicamente se tratando de quantidade. Por este motivo comecei a comercializar somente fotoconvites.
Será que a tinta escorre não por causa da tinta em si, mas do papel? Já fiz a experiência de utilizar papéis (como o Glossy), específicos para impressão a laser, com uma impressora jato de tinta e ficou tudo borrado, escorrido, pois a tinta não se fixou aos papéis.
O que são esses fotoconvites que comentou? Vc os faz em casa?
OS PAPEIS PARA IMPRESSÃO FINE ART SEM DÚVIDA POSSIBLITAM UMA IMPRESSÃO MAIS DURADOURA. O CUSTO AINDA É UM LIMITADOR.
OSPAPEIS DE PREÇOS INFERERIORES APRESENTAM AMMESMA QUALIDADE DE EIMPRESSÃO E DURABILIDADE?
Acho que os papéis mais baratos não apresentam a mesma durabilidade. A impressão em si pode até durar mas o suporte pode ficar manchado, mofado ou mesmo se desfazer. Outro problema é a qualidade da imagem. Papéis mais simples não permitem aproveitar toda a qualidade das impressoras fine art.
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