terça-feira, 6 de outubro de 2009

Em pânico na gráfica rápida: o que são todos esses nomes?

Você que não é profissional da área gráfica já deve ter se deparado com nomes e termos desconhecidos quando necessitou encomendar algum serviço típico da área de design e comunicação visual, como, por exemplo, um banner, uma impressão de texto ou uma impressão fotográfica.
Na InterD Comunicação Visual notamos essas dificuldades diariamente, ainda mais pelo fato de tentarmos atender o cliente leigo com o mesmo interesse com que atendemos o cliente profissional. Muitas vezes nossa atitude é mal compreendida pelo cliente, mas são os ossos do ofício.
As maiores dificuldades encontradas foram as seguintes:

- Entrega de arquivos em formato Doc (Word) e PowerPoint (PPS): a grande dificuldade com esse tipo de arquivo é que eles são facilmente desconfiguráveis, trabalham com imagens no padrão RGB e não permitem ampliações de imagem com qualidade. É muito comum que um cliente traga um banner produzido em PowerPoint para que façamos uma ampliação em lona solvente mas isso não é o mesmo que pedir para uma impressora doméstica adaptar a imagem ao papel. Uma operação desse tipo demanda a transformação do arquivo em imagem (jpg), sua interpolação e a conseqüente perda de qualidade. Na prática o cliente vai reclamar que a impressão ficou ruim, mas é a forma com que ele concebeu o banner que está errada. Moral da história: recomendamos que o cliente utilize apenas softwares vetoriais, como o CorelDraw, para o design do seu material. Nestes softwares ele terá a opção de escalar seu trabalho da maneira que quiser e gravar arquivos em PDF com máxima qualidade.

- Entrega de arquivos vetoriais sem fontes ou com fontes não transformadas em curvas: Mesmo alguns designers e profissionais da área gráfica esquecem-se de incluir em seus arquivos as fontes das letras utilizadas no trabalho, ou melhor ainda, a sua conversão em curvas. Essa conversão garante que o texto utilizado seja entendido pelo computador como linhas de um desenho, possibilitando a impressão do trabalho de maneira fiel ao original mesmo que não tenhamos essas fontes instalada em nossos computadores. Esse é um problema grave. Muitas vezes ouvimos dos clientes: "Mas como vocês não tem essa fonte?". É impossível para qualquer empresa da área gráfica manter todas as fontes de letras existentes instalada sem seus computadores, ainda mais que a compra de fontes geralmente tem um alto custo que dificilmente o cliente aceitaria que fosse repassado. Para que não haja problemas com seus arquivos sempre transforme-os em curvas.

- Arquivos com resolução de imagem insuficiente: muitas vezes uma imagem que nos parece perfeitamente normal na tela do computador é impressa sem qualidade ou definição. Isso acontece porquê as resoluções típicas para impressão e para telas são diferentes. Uma tela de LCD chega a uma resolução fixa de 72 ou 96 DPIs (dots per inch, ou pontos por polegada). Na prática significa dizer que cada polegada quadrada de uma tela de computador exibe um máximo de 72 pontos de cor (ou informação). Podemos dizer que uma imagem impressa precisa de no mínimo 300Dpis para ter o que chamamos de qualidade fotográfica. Na prática uma imagem para impressão não precisa ter mais resolução do que 300 Dpis mas é necessário que ela tenha as dimensões compatíveis com as dimensões desejadas na impressão. Isso significa dizer que se temos uma foto digital de 10x15cm com 300Dpis fica difícil ampliar essa imagem para 20x30cm. Numa aproximação podemos dizer que a imagem ficaria maior, mas apresentaria apenas 150Dpis de resolução (a metade do original) e perderia qualidade. É por isso que a quantidade de megapixels em uma câmera digital é um fator importante: quando maior a resolução da câmera maior a possibilidade de ampliação da imagem. Para quem deseja grandes ampliações este é um fator importante.

Como este é um assunto que não se esgota continuaremos a discutir este tema em outras oportunidades. Aguarde.

Publicado no NewsLetter InterD outubro de 2009 - receba por email também, clique aqui

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